Pode parecer uma heresia, mas se refletirmos sobre o assunto será mais fácil de compreender ...
"Faço o que quero", "faço o que me apetece" são manifestações do nosso ego que ignora tudo o que nos rodeia em nome de um prazer fugaz e muitas vezes ilusório e que não se chega sequer a manifestar
Viver escravo de um prazer imediato encontrando na obrigação ou "seca" situações a evitar é perigoso.
Na maioria das vezes, para não dizer sempre, a verdadeira felicidade é encontrada após um longo caminho de esforço. É aí que muitas vezes encontramos o nosso estado verdadeiro de bem estar, não só pela relação de esforço e mérito mas também porque no "caminho das pedras" contorna-mos o ego, ultrapassa-mo-lo e conseguimos "enganá-lo. Silenciado, o ego permite-nos encontrar um estado de felicidade que em nada se compara com o prazer momentâneo ao saciar um capricho...
O facto de conseguirmos viver para lá do "faço o que quero" dá-nos um sentimento de pertença, de utilidade. Mais facilmente nos inserimos no Todo em que vivemos e participamos na sua construção. O facto de o fazermos é, por si só, mais uma razão para aumentar o nosso bem estar.
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