domingo, 18 de setembro de 2011

Tempestade estéril

Que confusão esta
que anda em meu Coração
não sei o que sinto agora
sentindo tudo o que há para sentir

Alegria e nostalgia
confusão tranquila
amor e desamor
serenidade e ansiedade

Tudo viaja em mim neste momento
ocmo se de um zoo se trata-se
o meu coração não se reconhece em tamanho turbilhão

Que magia esta,
a de tudo sentir
mas de nada guardar
e de não controlar,
aquilo que está para vir

Quieto tento ficar
esperar pela minha oportunidade
a de ver a fonte luminosa
e a ela me encostar

Para que a sombra desvaneça,
para que a luz me ilumine,
o meu coração se purifique,
e para que a minha alma sossegue em paz

Caminho torto e sinuoso este, que decidi tomar
vida confusa a que escolhi,
sem ainda ter compreendido o seu propósito
caminharei,
caminharei sem desistir
e um dia,
um dia lá chegarei!

Que profundo amor este, que acordaste em mim

Sei que sempre estivemos ligados
mesmo quando afastados
as nossas almas permaneciam ligadas
como se fizessem parte uma da outra

Tens sido o porto de abrigo do meu Coração
a âncora que o mantém quieto e sereno
És tu que me entendes
És tu que me estimulas

Sinto a intimidade a correr pelas minhas veias
sei a verdade
a minha, e a tua
porque somos o mesmo
falamos a mesma linguagem

Agora que abriste a porta do meu Coração
não peças para fechá-lo

Agora que me encheste a alma de felicidade
não me peças para a desperdiçar

Bem sei que a única coisa que nos mantém separados neste momento
é o medo de nos unirmos para sempre
o receio de cair num abismo
a incerteza criada
e a anulação do que de tão bom já existe
mas o tempo não se repete
a vida precisa das almas para florescer
e as almas precisam da criatividade amorosa para existirem

Não me retires, o que de forma tão bondosa me entregaste
partilha comigo o que tão bem conheces

Engrandece-me com a tua presença

Ama-me
e faz-me Existir

sábado, 17 de setembro de 2011

A felicidade...

Onde para essa felicidade,
que invade as crianças
e alguns que já a passaram

A espontaneidade descontrolada,
o medo inexistente
e com a vergonha por descobrir
o tempo adormece
e a eternidade aparece

Não é esta a vida eterna?
Não será isto o que o imortal procura?
Aquilo que o mestre ensina?

No momento em que o coração se ilumina
em que tudo deixa de existir
e o absoluto se esbate a nossos pés

Tão preciosa és
profunda felicidade
tímida é certo
mas fazedora de milagres

Um dia te encontrarei
Um dia serás conquistada

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pensamento disforme

Àgua mole em pedra dura,
tanto bate até que fura.
A resistência é uma virtude,
assim como a teimosia, que quando acertada é determinação.
Não sei onde este pensamento me leva,
este não pensamento,
agora que estou triste
ferido na alma,
incerto do meu rumo.
A felicidade parece uma miragem,
uma ilusão, neste presente momento.
Parece que o coração está ferido,
um buraco negro aqui sinto,
sem nenhuma certeza em mim.
Que alívio este,
o de não saber,
ou o de saber que não sei,
o de não contrariar,
de não condicionar o que está para vir.
Agora entendo este fardo que carregas,
de ter em mãos o destino de todos,
conhecer o sofrimento que aí vem,
e a libertação que está para vir.
Só alguém que nos transcende pode...
...pode!
Estão não inteligência humana, conforta-me.
Confio em ti,
acredito em ti,
espero que tenhas fé em mim,
espero que encontres neste pobre ser,
utilidade para os teus desígnios.
A ti estou entregue de braços abertos,
mergulho de cabeça nas tuas águas,
sem saber para onde me levas,
confio.

Bem sei que o percurso somos nós que o temos de fazer,
que hipocrisia esta, a de colocarmos em ti o nosso desígnio,
e nada fazermos para que esse mesmo se cumpra.
Bem sei que entre a fé que tenho e a entrega que te devo,
tenho também de percorrer os caminhos que me proporcionas.
Sei que não basta me entregar,
tenho de o fazer em vivacidade,
tenho de ser na terra aquilo que pretendes que sejamos.
Nesse sentido, se fizermos tudo o que desejas,
mais fácil será a tua tarefa,
mais plena será a nossa vida,
e a terra mais próxima estará de Ti.
Tão simples este príncipio,
não fosse o desejo e o apego humano, complicar toda esta equação,
não fosse a cobiça, o ego e os outros compinchas,
lutarem para que tudo isto não passasse de um sonho.

Pois já nos mostraste que é possível!
Cabe-nos a nós realizar na terra aquilo que já foi realizado no Céu.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Felicidade

A felicidade não se encontra em fazermos aquilo que queremos
mas sim, em viver, não querendo

Sabedoria

A curiosidade gera conhecimento,
a tranquilidade alcança a sabedoria

Ao meu grande e eterno Mestre

Homem santo aquele que conheci, olhar tranquilo, sorriso terno tantas coisas contigo aprendi Aquilo que me ensinaste, nada tinha de exclusivo a todos foi entregue, certamente poucos contemplaram Essa sabedoria tão antiga que todos nós reconhecemos e poucos conseguem integrar era tua por natureza como se contigo tivesse sido criada Sempre te admirei, por tudo o que foste, ainda és e acredito que serás Pelo que me ensinaste no silêncio, no olhar e no sorriso na temperança que tanto te caracterizava e na tolerância que sempre te acompanhava Foste meu avô, o meu primeiro mestre, talvez o maior que alguma vez encontrarei A ti te devo grande parte desta pequena consciência que criei e agradeço aquilo que vivi junto da tua companhia Nunca te irei esquecer e para sempre te encontrarei como a minha pedra angular Embora não mais te veja Permaneces no meu coração Claro como a água cristalina perfumado como a flôr do jasmin brilhante como o luar e caloroso como um dia primaveril Meu rico amigo e avô Aqui te presto esta pequena homenagem que tanto gostaria de ter feito pessoalmente Até sempre avô Zé...

Visão tardia do meu amor

Tu, tu ser escondido que habitas nessa carapaça mostras-te pouco és discreta, no entanto apaixonante até essa casca efémera que escolheste obscura, de resto assim tu és também encerras um mundo no teu silêncio despertas o meu coração com o teu sorriso... Mas porquê dar vida a essa carapaça inerte por natureza sujeita à erosão do tempo altruismo, será? Mesmo assim atraiste-me para perto de ti com esse cabelos contegiados pela cor dos teus olhos silhueta digna das mais belas imagens produzidas pela natureza Essa atitude viva, por vezes fogaz inocência espontânea, brincadeira inocente e feliz Sim, entendo entendo e aceito porque deixaste que esta criança, criança esta, que envelhece precocemente aos teus olhos, deixasse ter este momento de liberdade. Na verdade porquê negar a uma linda borboleta o pouco de vida que possui, quando nós muito mais poderemos gozar Estou apaixonado por esse véu, por vezes de seda, outras de lã e algodão outras ainda, de um tecido de qualidade menor, mas sim é paixão aquilo que sinto. Mas e o Amor, ai o Amor Digno sentimento que procuro sentir de forma permanente e constante sentimento esse que me abre o coração, me humedece os olhos que me relaxa e tranquiliza Esse amor partilho-o contigo meu amor, sim tu, discreta, e poucas vezes visível quase em permanente hibernação A tua pureza é tal, que o próprio amor que sinto parece pouco Gostaria apenas que te mostrasses mais, que partilhasses mais comigo pois talvez dessa forma pudesses iluminar o meu coração, tantas vezes perdido... É teu este desabafo sincero

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Em busca da verdadeira paz...

Vejo uma flor
bela e redonda
leve e requintada
Parece parada no tempo
imóvel, move-se
silenciosa, interage
Abençoada de tal beleza permanece humilde, num canto
entregue à liberdade dos outros

Escolheste essa vida,
eternamente imóvel
sujeita ao vento,
ao sol e à chuva,
à boa vontade do Homem
Gostava de falar a tua linguagem
e de ouvir aquilo que tens para me dizer

O ignorante diz que não tens liberdade,
pois vives presa à terra,
diz que és fraca,
pois qualquer um te pode destruir
efémera,
pois vives menos que um abrir e fechar de olhos
no entanto
eu não encontro maior liberdade em mim,
não vejo liberdade quando me sujeito às leis do homem
quando me moldo ao preconceito
e me inibo pelo medo
ignorando o meu Coração

Tu és livre de preocupações
não tens que te mover, porque não podes
não tens de te alimentar,
estás dependente da Terra e do Céu
e a tua beleza é criada pelo Sol

És livre de ter de fazer
Decidiste viver uma vida em que te submetes às leis do Céu
vives livre do pensamento e do desejo
a tua fé guia-te
No meio de toda a aparente dependência
encontras-te em liberdade
Vives em paz.

Não pensar
Não desejar
Não programar

Apenas sentir,
o vazio
a ausência
aí se encontra a verdadeira paz...
Será?

O verdadeiro desígnio da Vida

- O ignorante é feliz; desconhece as leis do Universo e vive o dia a dia sujeito a tudo o que o rodeia

- O que busca o conhecimento, torna-se ansioso e preocupado. O conhecimento gera confusão e vontade de saber ainda mais, medo de não conseguir, sentimento de competitividade. A busca interminavél por um conhecimento absoluto, destrói a alma, corrói o corpo; o fim é uma morte dolorosa e infeliz

- O Sábio, vive na profunda tranquilidade. Ele entende que a busca pelo conhecimento é uma luta invencível, sabe também que no Absoluto se encontra toda a realidade.
Aquele que conhece as leis do Céu e os ritmos da Terra, que alcança a realidade, vive feliz e tranquilo. Imune aos desaires mundanos, ele vive para um valor mais elevado. Segue os biorritmos e protege o seu corpo e alma afim de viver na eterna leveza dos céus.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Obscuro

Temem pela solidão, escondem-se nos outros.
Fogem sem saber e sem querer, voltam ao poço do temor. Ao tesouro estragado por uma vida intoxicada de vaidades e banalidades.
Uns conhecem mas não trabalham, outros desconhecem e caiem no abismo impiedoso. Ambos ficam presos na sua própria armadilha.
A solidão assusta os fracos, esconde a essência dos ignorantes e é o tesouro dos trabalhadores. Daqueles que procuram no seu oculto, a obra prima para se reconstruirem.

Aos trabalhadores a grande obra é possível, pois não se amedrontam com o seu adamastor.
É no escuro que se encontra a Luz, é em solidão que se obtem a maior companhia de todas...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O descontrole emocional recorrente da ilusão

A ilusão de que a atitude agressiva, viva ou mesmo violenta, altera a situação desagradável precedente, e a ignorância do que esta atitude provoca no outro e em si mesmo.

Há que entender profundamente que qualquer que seja o escape emocional, este apenas alimenta o momento negativo vivido., tornando mais dificil a sua sublimação. O sofrimento que se sucede é bem mais doloroso. Quando há consciência, vem o sentimento de culpa e de injustiça em relação ao outro. Quando há ignorância, cria-se um ciclo emocional repetitivo que não permite à pessoa ver outra solução, para além daquela à qual recorre ciclicamente.

No fundo é uma profunda perda de tempo, saúde e logo, Vida!

Em vez de nos incomodarmos com divergências menores, devemos aproveitar para contemplar as coisas boas da vida e não perder tempo em vivê-las. Aprender e evoluir com aquelas que nos provocam desconforto e que nos descobrem fragilidades.