quarta-feira, 6 de julho de 2011

Em busca da verdadeira paz...

Vejo uma flor
bela e redonda
leve e requintada
Parece parada no tempo
imóvel, move-se
silenciosa, interage
Abençoada de tal beleza permanece humilde, num canto
entregue à liberdade dos outros

Escolheste essa vida,
eternamente imóvel
sujeita ao vento,
ao sol e à chuva,
à boa vontade do Homem
Gostava de falar a tua linguagem
e de ouvir aquilo que tens para me dizer

O ignorante diz que não tens liberdade,
pois vives presa à terra,
diz que és fraca,
pois qualquer um te pode destruir
efémera,
pois vives menos que um abrir e fechar de olhos
no entanto
eu não encontro maior liberdade em mim,
não vejo liberdade quando me sujeito às leis do homem
quando me moldo ao preconceito
e me inibo pelo medo
ignorando o meu Coração

Tu és livre de preocupações
não tens que te mover, porque não podes
não tens de te alimentar,
estás dependente da Terra e do Céu
e a tua beleza é criada pelo Sol

És livre de ter de fazer
Decidiste viver uma vida em que te submetes às leis do Céu
vives livre do pensamento e do desejo
a tua fé guia-te
No meio de toda a aparente dependência
encontras-te em liberdade
Vives em paz.

Não pensar
Não desejar
Não programar

Apenas sentir,
o vazio
a ausência
aí se encontra a verdadeira paz...
Será?

O verdadeiro desígnio da Vida

- O ignorante é feliz; desconhece as leis do Universo e vive o dia a dia sujeito a tudo o que o rodeia

- O que busca o conhecimento, torna-se ansioso e preocupado. O conhecimento gera confusão e vontade de saber ainda mais, medo de não conseguir, sentimento de competitividade. A busca interminavél por um conhecimento absoluto, destrói a alma, corrói o corpo; o fim é uma morte dolorosa e infeliz

- O Sábio, vive na profunda tranquilidade. Ele entende que a busca pelo conhecimento é uma luta invencível, sabe também que no Absoluto se encontra toda a realidade.
Aquele que conhece as leis do Céu e os ritmos da Terra, que alcança a realidade, vive feliz e tranquilo. Imune aos desaires mundanos, ele vive para um valor mais elevado. Segue os biorritmos e protege o seu corpo e alma afim de viver na eterna leveza dos céus.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Obscuro

Temem pela solidão, escondem-se nos outros.
Fogem sem saber e sem querer, voltam ao poço do temor. Ao tesouro estragado por uma vida intoxicada de vaidades e banalidades.
Uns conhecem mas não trabalham, outros desconhecem e caiem no abismo impiedoso. Ambos ficam presos na sua própria armadilha.
A solidão assusta os fracos, esconde a essência dos ignorantes e é o tesouro dos trabalhadores. Daqueles que procuram no seu oculto, a obra prima para se reconstruirem.

Aos trabalhadores a grande obra é possível, pois não se amedrontam com o seu adamastor.
É no escuro que se encontra a Luz, é em solidão que se obtem a maior companhia de todas...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O descontrole emocional recorrente da ilusão

A ilusão de que a atitude agressiva, viva ou mesmo violenta, altera a situação desagradável precedente, e a ignorância do que esta atitude provoca no outro e em si mesmo.

Há que entender profundamente que qualquer que seja o escape emocional, este apenas alimenta o momento negativo vivido., tornando mais dificil a sua sublimação. O sofrimento que se sucede é bem mais doloroso. Quando há consciência, vem o sentimento de culpa e de injustiça em relação ao outro. Quando há ignorância, cria-se um ciclo emocional repetitivo que não permite à pessoa ver outra solução, para além daquela à qual recorre ciclicamente.

No fundo é uma profunda perda de tempo, saúde e logo, Vida!

Em vez de nos incomodarmos com divergências menores, devemos aproveitar para contemplar as coisas boas da vida e não perder tempo em vivê-las. Aprender e evoluir com aquelas que nos provocam desconforto e que nos descobrem fragilidades.